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O Brasil é o país que mais realiza cirurgia robótica na América Latina. De acordo com o Intuitive Surgical, empresa detentora da única marca de robôs cirúrgicos do mundo, o país contou com mais de oito mil procedimentos realizados em 2018. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os três estados que mais realizaram esse tipo de cirurgia.

Com movimentos precisos, visão em 360 graus e completa imersão em regiões do corpo jamais vistas a olho nu, a técnica tem sido cada vez mais utilizada e promoveu avanços revolucionários na medicina.

Nos EUA, a maioria das cirurgias robóticas estão relacionadas à área da ginecologia. Quanto às cirurgias de próstata, 90% delas são realizadas com robô.

A cirurgia robótica é um aperfeiçoamento da cirurgia laparoscópica. Seus primeiros passos, em 1985, foram dados por Kwoh, que utilizou um robô para biópsias neurocirúrgicas. Ele mostrou mais precisão no ato e, desde então, o conceito de cirurgia minimamente invasiva foi ganhando mais força ainda.
A cirurgia por robô desenvolveu-se mais ainda. Com grande campo de atuação na Urologia, ela virou preferência de muitos cirurgiões por ser mais precisa e “mais fina” do que a laparoscopia.

A parte inicial é semelhante a laparoscopia. Na robótica, entretanto, o cirurgião principal senta num console e , de um joystick, comanda os finos movimentos do robô. Após preparo do paciente, o robô é acoplado a ele e a cirurgia é iniciada. Todos os movimentos do cirurgião são realizados pela máquina, que conta com câmara de grande aumento, facilitando a precisão dos movimentos.

O equipamento conta ainda com filtro de tremor das mãos do cirurgião e, desta forma, mesmo que ele trema um pouco, isso não é repassado para as pinças do robô. A operação por robótica oferece vantagens, como imagem magnificada, tridimensional e instrumentos miniaturizados e articulados.

Essa tecnologia possibilita cirurgias mais seguras, com menos sangramentos, menos dor e menos tempo de internação, além de reduzir o número de transfusão de sangue e internações na UTI.

Durante o procedimento cirúrgico, um ou dois médicos ficam ao lado do paciente para fazer a troca das pinças e para auxiliarem em qualquer tipo de intercorrência. A cirurgia robótica é supersegura e eficiente e, embora os convênios ainda não cobrem o procedimento, o custo benefício vale muito a pena para o paciente.