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Mundialmente conhecido, o laço vermelho é símbolo de solidariedade e do comprometimento na luta contra a AIDS. Mas por que devemos falar sobre a doença?

A década de 80 foi marcada pelo aparecimento do vírus HIV. A doença impactou o mundo, levando a perdas de ícones da música e da televisão. Na época, ninguém conhecia a evolução da infecção e o tratamento da AIDS ainda era desconhecido.

Várias campanhas de conscientização foram criadas para prevenir o contágio e evitar uma epidemia. O Brasil foi um dos países pioneiros e que mais se empenharam nesse aspecto. E funcionou! O número de novos casos diminuiu drasticamente, aliados a eficiência do tratamento - coquetel AZT que tornou-se famoso. Já na década de 90, as complicações da doença foram diminuindo e o controle tornou-se uma realidade. A doença passou a ser vista como um problema crônico, com poucas complicações e baixo índice de mortalidade.

O tempo passou e as campanhas de proteção foram perdendo espaço. A preocupação com a doença foi desaparecendo e a população começou a “baixar a guarda”, não se prevenindo. Esse comportamento trouxe o retorno de algumas doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis, então controlada, e uma epidemia de outras como o HPV e a gonorreia.

Na contramão do restante dos países do mundo, onde a taxa de casos novos sofreu redução de 11%, o Brasil apresentou aumento de 3% no mesmo período (entre 2010 e 2016). Os dados são da UNAids, órgão das Nações Unidas, que estuda a doença mundialmente. A UNAIDS também mostrou, no Brasil, redução no número de mortes por complicações de AIDS – 1 milhão em 2016 e 1,9 milhão em 2005 – e aumento no número de pessoas tratadas – 53% do total de infectados. Em resumo, melhoramos a mortalidade, mas aumentamos o número de casos novos

A data de hoje reforça a ideia do respeito e da desconstrução do preconceito sobre as pessoas portadoras do vírus HIV/AIDS e também a conscientização dos jovens sobre as formas de prevenção da doença. O texto acima abre espaço para discussão e reflexão da doença.

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