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Ejaculação retardada

Em teoria, dividimos a relação sexual em quatro etapas: desejo, excitação, ereção e orgasmo. Na ejaculação precoce, a passagem entre as fases é muito rápida e o orgasmo ocorre precocemente. Uma condição rara é a ejaculação retardada (ou tardia), quando há dificuldade na passagem das fases e o orgasmo pode até não ocorrer.

O uso de ansiolíticos e antidepressivos pode ter como efeito colateral a ejaculação retardada, ou seja, a dificuldade em se "chegar lá" durante o ato sexual.
Vamos explicar melhor:

"Substâncias usadas para tratar depressão, quadros ansiosos, transtornos bipolares e esquizofrenia são as principais medicações que afetam a ejaculação”, diz à GQ Brasil, o andrologista Dr. Danilo Galante, doutor em urologia pela USP e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia.

Há uma correlação importante com a pandemia por COVID. O Brasil deixou o período de distanciamento social na posição de país “mais ansioso do mundo”, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Foi notado aumento de 25% na incidência dos quadros de ansiedade durante os anos de combate à pandemia.

Com a reabertura da vida privada, muitas pessoas vêm lidando com uma demanda reprimida na parte sexual, agora num espectro psicológico de maior depressão e ansiedade. Além dos antidepressivos, questões psicológicas também causam ejaculação retardada e anorgasmia (ausência total do orgasmo). "O paciente trava, seja por um trauma na infância ou por alguma questão sexual não resolvida", comenta o especialista.

É importante incluir suas queixas sexuais nas consultas com urologista ou andrologista.

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