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Criada no exterior, a nova expressão define os receios e dificuldades de se relacionar com outras pessoas depois de muito tempo isolado

Os primeiros encontros nunca foram fáceis. É um misto de animação e ansiedade pelo desconhecido preenchido com perguntas como “será que ele/a vai gostar de mim?” ou “e se não rolar?” Some tudo isso ao álcool em gel, distanciamento e máscaras. A ideia te deixa com medo? Pode ser o F.O.D.A.

Calma, antes que você entenda mal, não é palavrão. A expressão nova significa “fear of dating again”, ou “medo de voltar a paquerar”, em tradução livre. O termo, claro, foi criado no exterior e usado pela primeira vez no jornal britânico “Metro”. Ao que parece, surgiu como resultado de um estudo feito pelo aplicativo de relacionamento Hinge - e tem divertido os brasileiros pelo inesperado significado duplo.

A pandemia segue terrível e talvez seja cedo para pensar no próximo date, mas eles vão voltar eventualmente. Assim esperamos. Contudo, algumas pessoas podem experimentar sentimentos fortes de ansiedade, incerteza e medo relacionados aos encontros pós-Covid, o que pode afastá-las da ideia por algum tempo.

É compreensível, já que elementos simples dessa relação, como abraços e beijos, agora são suficientes para contrair o vírus ou transmiti-lo a alguém. Além disso, depois de todas as experiências traumáticas que vivemos, não dá para esperar que sejamos as mesmas pessoas de antes. “Isso vai acontecer sobretudo com quem está solteiro durante o isolamento. O medo é saudável, já que ele ajuda a proteger a sua saúde e a dos seus familiares. Mas há um limite”, explica Ronaldo Coelho, psicanalista e professor do curso Análise do Discurso na Clínica Psicanalítica.

Somado a tudo isso, pesquisas comprovam que o isolamento social prejudicou bastante nossa capacidade de nos comunicarmos com outras pessoas. “A pandemia não causa o problema, mas com certeza agrava um movimento que já estávamos vivendo. As redes sociais mudaram completamente a forma como as pessoas paqueram, as tornaram mais defensivas e distantes. E a pandemia piora tudo isso porque dificulta ainda mais o encontro real”, avalia o sexólogo e urologista Danilo Galante.

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