A cena é clássica: o beijo apaixonado, as roupas sendo tiradas enquanto se amassam loucamente, o sexo papai e mamãe, geralmente com o homem por cima, o casal alcança juntos um orgasmo incrível. Corta para a cena romântica do casal abraçado na cama, embaixo dos lençóis. Esse filme te soa familiar? E é! Isso porque a cena faz parte da maioria dos filmes, séries e até novelas que apresentam o sexo romântico. Mas na vida real é assim?
Qual o problema? Nenhum, se a ideia ficar apenas ali no momento do entretenimento.
A grande questão é que esse tipo de amor romântico fica no imaginário de muita gente que se frustra na vida real quando vê que não é bem assim que o roteiro segue. E muitas mulheres hoje, que passaram a adolescência assistindo a esse tipo de filme, ainda carregam essa ilusão.
Quem nunca sonhou em perder a virgindade com o amor da vida, em um lugar lindo e mágico, ou se apaixonar pelo melhor amigo que fará loucuras para te conquistar. Ou ainda aqueles beijos na chuva? Atire a primeira pedra quem não ansiou por um sexo pós briga maravilhoso no chão de casa?
Pois é. Quem nunca, não é mesmo? De acordo com a sexóloga Daniela Fontinele, o modo como esse gênero apresenta os relacionamentos afeta a maneira como vemos casamento, família e demais relações: “Tudo que pode acontecer na vida real não está nos filmes”, afirma.
Amizades coloridas nem sempre dão certo. O tesão não aparece do nada e você tem sexo espontâneo facilmente nos lugares mais improváveis. Não é tão fácil fazer sexo em público sem nóias e preocupações. E, por fim, nem toda transa termina em uma gozada fenomenal para os dois.
De acordo com Daniela Fontineli, a primeira coisa é lembrar que a ereção masculina e a lubrificação da mulher não acontecem em um beijo instantâneo: “O que vemos é que o beijo já deixa a mulher pronta para a penetração, e na vida real não é assim”, alerta a especialista.
Além disso, outro ponto a ser desmistificado é o orgasmo ao mesmo tempo: “Nos filmes, os casais alcançam orgasmos incríveis juntos. Na vida real sabemos que muitas vezes nem todo mundo goza, menos ainda juntos”, explica.
Se por um lado as meninas que cresceram vendo comédias românticas, hoje podem se frustrar com a vida real, o mesmo vale para meninos que cresceram vendo pornô: “Eles acabam tendo uma visão torta sobre as mulheres e sobre homens com suas incríveis performances sexuais, desde tempo de transa até facilidade de trocar de posições sem perder a ereção”, alerta o sexólogo e urologista Danilo Galante.
No fim, a conta não bate, quase ninguém goza e muita gente sai insatisfeita.
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