De acordo com a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), 30 a 40% dos brasileiros deixaram de fazer seus exames de rotina em razão do medo da infecção pelo coronavírus.
Índices expedidos pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em 2020, já demonstraram, por meio de uma pesquisa, o abandono do público masculino nos consultórios: mais da metade, 55%, com mais de 40 anos, deixaram de ir ao médico ou até abandonaram o tratamento.
Na opinião do urologista Dr. Danilo Galante, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), esta deserção aos laboratórios e ao consultório médico é muito preocupante. “Noventa por cento dos pacientes com câncer de próstata em estágio inicial podem ser curados. Por esta razão, é necessário realizar periodicamente os exames de rotina para a prevenção de problemas prostáticos. Se não fizer este acompanhamento, a situação pode se agravar”, adverte.
Para esclarecer algumas dúvidas em relação à conscientização preventiva do câncer de próstata, o especialista respondeu algumas questões:
R. Em 95% dos casos, a doença é assintomática. Na fase mais avançada da doença há sintomas como obstrução da bexiga com dificuldades em urinar ou aumento da frequência diurna e noturna, dores ósseas, e até presença de sangue na urina ou no sêmen. É possível, em casos mais graves, a obstrução alta dos rins e o risco de infecção generalizada ou insuficiência renal. A indicação para estes casos é cirúrgica.
R. O diagnóstico precoce é a única forma de prevenção. O exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) pode detectar alterações na próstata como inflamações, infecções, crescimento benigno e tumores. A dosagem de PSA no sangue é crucial para avaliar a suspeita de câncer de próstata. Este teste deve ser realizado em conjunto com o toque retal. Posteriormente, depois de diagnosticado o mal, é preciso fazer a biópsia, onde se retira fragmentos da glândula para análise em laboratório.
R. A partir dos 40 anos é recomendável que os homens iniciem suas avaliações anuais. Obrigatório para os pacientes com mais de 50 anos. No entanto, há indivíduos com três vezes mais chance de ter a doença como, por exemplo, os pacientes com histórico de câncer de próstata na família, obesos e os da raça negra.
R. Essa resistência é ligada a aspectos culturais como o machismo associado à perda da virilidade. Esse comportamento prejudica demais, uma vez que quando o homem vai buscar ajuda, a descoberta da doença já em estágio avançado, e isso minimiza as chances de cura. Esta é a proposta do Novembro Azul, conscientizar as pessoas a deixarem de lado os mitos e cuidarem de si próprias.
R. Alimentação saudável e equilibrada, evitar o fumo, ficar de olho nos níveis de pressão arterial, colesterol e glicemia, cuidar do sobrepeso e praticar atividades físicas regularmente.
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