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Qualquer perda involuntária de urina pode ser classificada como incontinência urinária, mas exames de urina e também de ultrassonografia, além de um estudo urodinâmico, podem ser necessários para diagnosticar o problema.

O embaraço causado por episódios em que não foi possível manter o controle antes de se chegar ao banheiro é apenas um dos impactos negativos, já que uma alta frequência de episódios desse tipo cria constrangimentos diversos e abalos psicológicos, prejudicando a vida social da pessoa afetada.

Na maioria das vezes, as mulheres são afetadas, mas os homens também podem conviver com perdas urinárias, principalmente em razão do envelhecimento, responsável direto por problemas como frouxidão do períneo, mau funcionamento da bexiga, tendência a um aumento das infecções urinárias, crescimento prostático, entre outros.

As perdas urinárias podem começar com apenas algumas gotas que umedecem as roupas íntimas e chegar até ao ponto de exigir o uso de fraldas para serem contidas.

Existem três tipos de incontinência, sendo que a de esforço decorre de movimentos físicos que aumentem a pressão sobre o abdômen, a exemplo de tosses e espirros.

A chamada Incontinência de esforço é o vazamento de urina devido a aumentos abruptos na pressão intra-abdominal (por exemplo, aqueles que ocorrem com a tosse, espirro, risada, flexão ou ao levantar peso). O volume de vazamento é normalmente de baixo a moderado, dependendo da gravidade da incontinência.

Já a de urgência, também chamada de “síndrome da bexiga hiperativa” (ou ainda, popularmente, de “bexiga nervosa”), afeta entre 15 e 20% da população mundial, de acordo com estudos. Apenas um terço, no entanto, apresenta perdas urinárias, enquanto os outros dois terços lidam com a urgência para urinar, com uma frequência de idas ao banheiro superior a dez vezes a cada 24 horas. Obstrução na próstata, envelhecimento da bexiga e doenças neurológicas estão entre as possíveis causas.

O terceiro e último tipo é a incontinência mista, que combina características das outras duas, embora uma delas sempre seja predominante.

De acordo com o diagnóstico, é definido o tipo de tratamento a ser aplicado. No caso das incontinências por esforço, a principal abordagem é cirúrgica, precedida por medidas para reduzir os fatores que elevam a pressão abdominal, como perder peso e evitar esportes de impacto.

As incontinências de urgência normalmente exigem o uso de medicamentos, a redução expressiva no consumo de alimentos e bebidas que causam irritações vesicais (como é o caso da cafeína) e a realização de exercícios de fisioterapia pélvica, visando garantir um bom funcionamento da bexiga.