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A partir dos 40 anos, a produção de testosterona, principal hormônio masculino, começa a diminuir. Nessa idade, o homem começa a perder, em média, cerca de 1% de testosterona livre ao ano. A quantidade de testosterona total permanece estável até os 50 anos de idade, quando também decai a uma taxa de 0,5% a 0,8% ao ano. O tratamento de reposição de testosterona (TRT) é indicado quando há níveis reduzidos desse hormônio, associado a sinais e sintomas: sonolência, desânimo, tristeza, melancolia, diminuição da concentração para o trabalho, déficit de memória, diminuição da libido e das ereções matinais espontâneas, dificuldade de ter ou manter a ereção e de fazer longas caminhadas, entre outros.

Os sintomas psicológicos da queda de testosterona podem ser confundidos com depressão. Antes de recorrer à terapia, é necessário que o paciente meça a taxa de hormônios. A TRT, antes chamada de andropausa, deve ser feita apenas com o hormônio testosterona. As formas de administração mais receitadas são a injeção intramuscular e aplicação do hormônio na forma de gel na pele. Quando bem indicada, e feita com acompanhamento médico, a reposição hormonal traz benefícios aos homens, como melhora da libido, perda de peso, aumento da massa muscular e da densidade óssea.

Há contraindicações para a TRT: presença de câncer de próstata não tratado ou na glândula mamária do homem. Acredita-se que a reposição nesses casos pode acelerar o crescimento desses tumores, embora haja muita controvérsia nesse tema. Todos os principais congressos de urologia têm palestras sobre o assunto. Já foi esclarecido que não existe correlação entre reposição de testosterona e o aumento da incidência desses tumores. Os pacientes que sofrem de cardiopatias e que apresentam algum grau de limitação ao exercício físico e aqueles que roncam muito durante o sono também não devem receber esse tratamento, pois existem evidências de aumento do risco cardiovascular (e morte súbita) nesse grupo específico de homens.

Há meios de prevenir ou retardar a reposição da testosterona? Com certeza! Isso é atingido com um estilo de vida saudável, conquistado com uma dieta equilibrada, prática de exercícios regulares, além de boa qualidade do sono e não fumar.