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Um estudo com 500 homens com suspeita de câncer de próstata, conduzido por instituições de pesquisas de diversos países foi publicado há pouco tempo no New England Journal of Medicine. Ele aponta que a ressonância magnética da próstata pode auxiliar na detecção desse tipo de tumor e potencialmente reduz o número de biópsias desnecessárias (cujas complicações são dores, infecção urinária e sangramentos urinários e retais). Diversos outros trabalhos científicos já estão avaliando o tema.

Resultados do estudo: Boa notícia

Dentre os homens que foram submetidos à ressonância, 28% foram diagnosticados como livres do tumor e não precisaram passar pela biópsia de imediato. Esses homens foram observados a cada 3 meses para checagem de alterações de PSA ou toque retal.

A técnica identificou também cânceres agressivos em 38% dos voluntários, exigindo tratamento. Nos pacientes que passaram por biópsia tradicional, guiada por ultrassom, apenas 26% foram encontrados.

O que sabemos até agora é que tumores de próstata mais agressivos têm imagens típicas na ressonância e indicam posterior biópsia para confirmação do resultado. Tumores indolentes (pouco agressivos) podem aparecer ou não na ressonância. Caso não diagnosticados no primeiro momento, eles não tendem a causar metástase de imediato, o que não mudaria a trajetória desse paciente.

Tudo indica que a ressonância magnética direcionada para o diagnóstico do câncer de próstata será cada vez mais útil para o tratamento. São necessários mais estudos, com uma população maior de pacientes, mas foi dado um passo importante para a melhora do diagnóstico.