logo

Os distúrbios de localização do testículo ocorrem desde o período de formação do feto (durante a gestação), devido a alterações no nível de testosterona ou por má fixação do testículo no escroto. Testículo ectópico é o nome científico para aquele que está fora do lugar, seja acima ou totalmente fora do escroto, na região inguinal ou dentro do abdômen.

Existem dois tipos de testículo ectópico: 

1 - Criptorquidia (testículos retidos): órgão fica escondido no abdômen, região inguinal ou na virilha

2 - Testículos retráteis: descem para o escroto, mas podem facilmente retornar para dentro do canal inguinal.

A criptorquidia está muito associada a casos de infertilidade e pode ser tratada na primeira infância. A criança deve ser examinada por médico especialista para indicar o tratamento adequado.  O Urologista pode identificar criptorquidia bilateral, quando os dois testículos estão ausentes do escroto, e a criptorquidia unilateral (90% dos casos), quando apenas um dos testículos se encontra ausente, normalmente o direito. Há também bastante associação de criptorquidia com hérnia inguinal e também aumento das chances de tumor no testiculo criptorquídico. 

Alguns fatores de risco estão associados ao surgimento do problema, tais como: nascimento prematuro, problema hormonal, Síndrome de Down, baixo peso do bebê, hérnias no local por onde descem os testículos do abdômen para o escroto e contato com substâncias tóxicas.

A criptorquidia deve ser tratada o mais rápido possível para diminuir a chance de infertilidade no futuro, bem como permitir que o paciente fique alerta para eventuais tumores no testículo. A operação para tratar o problema não diminui a chance do paciente desenvolver um tumor no futuro, mas permite a realização de um autodiagnóstico da textura e de possíveis nódulos na região, o que não é possível quando os testículos estão fora da bolsa.

O diagnóstico é realizado através da NÃO palpação do escroto logo após o nascimento do bebê. É quando o médico consegue diferenciar a criptorquidia do testículo retrátil. O tratamento é sempre cirúrgico, por incisão inguinal e outra no escroto, levando o testículo pelo canal e fixando-o no escroto.