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A condição de micropênis é caracterizada já ao nascimento. Está diretamente associada à deficiência fetal de testosterona durante a gestação, podendo ou não estar relacionada a síndromes genéticas.

Um micropênis, por definição, é caracterizado quando o órgão tem menos: de 4 cm em estado de flacidez e de 7 cm quando em ereção. Para se ter uma ideia, o tamanho médio do pênis do homem é de 13,6 cm (quando ereto).

A avaliação médica para analisar o quadro clínico do paciente deve ser realizada na infância, até os dez anos de idade e, em alguns casos, durante a adolescência, durante a puberdade. 

Muitas mães acham que os filhos têm o pênis muito pequeno, mas trata-se de algo próprio da idade. Como alguns pacientes são mais “gordinhos”, o panículo adiposo, aquela gordura que fica acima do púbis, pode encobrir o órgão e dar a impressão de um tamanho menor do que o real.

O problema de deficiência de testosterona está relacionado ao feto e não à mãe. Além disso, pode estar associado a uma alteração no testículo do paciente. O acompanhamento do bebê do sexo masculino é muito importante para detectar a criptorquidia (ausência dos testículos na bolsa testicular), o que pode impactar na produção hormonal na puberdade.

A causa do micropênis é quase sempre hormonal. O quanto antes diagnosticado melhor será para a criança, sendo possível uma suplementação hormonal na infância.

Se o paciente não for diagnosticado e tratado até o final da puberdade, não haverá outra chance de resolver o problema. As cirurgias existentes oferecem muitos riscos: fibroses, infecções, tortuosidade do pênis, além de perda de sensibilidade e às vezes da própria função erétil.

Embora muitos homens se sintam constrangidos com o tamanho do pênis, ter um pênis pequeno não costuma interferir na funcionalidade sexual do órgão ou na fertilidade – a não ser que o problema esteja associado a uma síndrome genética.