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A fístula é um tipo de comunicação anômala do trato urinário com um órgão vizinho, podendo ocorrer entre o útero e a vagina de um lado, e os órgãos ocos (bexiga, ureteres, uretra, intestino) de outro. Além das fístulas urinárias, consideram-se também fístulas aquelas que comunicam a parte inferior do intestino com a vagina. As dimensões das fístulas vesico-vaginais (bexiga-vagina) variam desde o tamanho da cabeça de um alfinete até o de uma moeda.

Causas

  Traumas durante intervenções cirúrgicas são a causa mais frequente das fístulas urinárias, cerca de 80% das fístulas são resultantes de cirurgias ginecológicas, quando ocorre lesão da bexiga ou do ureter. Traumatismos de parto são responsáveis por cerca de 20% das fístulas vesico-vaginais. A compressão exercida pela cabeça do bebê nas paredes da bexiga e da vagina podem gerar uma lesão e posterior pertuito entre os dois órgãos. Aplicações de radioterapia para doenças locais, lesões de sífilis ou tuberculose podem também ser causa desse tipo de comunicação anormal.

Sintomas

O principal sintoma é o contínuo gotejamento de urina, acompanhado por inflamação das vias urinárias. Infecção urinária também é frequente. Quando suas dimensões são maiores, podem ser facilmente diagnosticadas. No caso das fístulas menores, exames como tomografia e endoscopia da bexiga (cistoscopia) são necessários. O fechamento da comunicação então é feito cirurgicamente.

Outros casos

Quando há fistulas uretero-vaginais - ligação entre a porção terminal do ureter e a cavidade vaginal - os sintomas são semelhantes aos da comunicação vesico-vaginal, no entanto a perda de urina é menor, pois uma parte dela chega até a bexiga, onde será eliminada normalmente. É sempre recomendado o tratamento cirúrgico para a construção de uma nova desembocadura do ureter na bexiga.