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A infecção urinária é uma doença que pode afetar desde os rins (pielonefrite), a bexiga (cistite), até a uretra (uretrite). Embora ocorra também em homens, a infecção urinária acontece com maior frequência em mulheres, grávidas e idosas. Confira alguns mitos e verdades sobre a doença.

Mitos

  • Toda infecção urinária tem sintomas.
Nem todos os casos apresentam os sintomas clássicos: urina escura com cheiro forte, ardência ao urinar e vontade constante de ir ao banheiro. Grávidas constantemente têm exames de urina mostrando infecção e não demonstram nenhum sintoma.
  • Não há relação entre pedra nos rins e infecção urinária.
Os dois casos podem estar relacionados. Tanto que pacientes com cálculo renal têm mais chance de desenvolver infecção de urina, por basicamente 2 motivos: alguns tipos de cálculos contém bactérias em sua composição, cálculos podem “entupir” o canal urinario e propiciar infecção. Sendo assim, o tratamento do cálculo é fundamental para resolver a infecção.
  • Exames de urina comuns podem diagnosticar infecção urinária
O exame de urina 1, normalmente feito no pronto-socorro, identifica sinais indiretos de infecção, mas não é conclusivo. A melhor opção chama-se cultura de urina. Ele é capaz de identificar que tipo de bactéria causou a infecção e o mlhor antibiótico para seu tratamento.
  • Infecções urinárias não causam febre
As infecções urinárias simples, como a cistite, não ocasionam febre. Já as infecções que atingem o rim, as chamadas pielonefrites, causam febre e queda do estado geral do paciente  

Verdades

  • Infecção urinária em crianças deve ser investigada
A infecção urinária em crianças é rara e pode indicar alguma alteração dos órgãos urinários. O melhor a fazer nesses casos é avaliar possíveis alterações de bexiga, rim, dos canais da uretra e ureter
  • Mulheres têm mais infecções urinárias do que os homens.
Verdade, cerca de 90% das infecções urinárias acontecem em mulheres. Isso tem relação com o tamanho da uretra (canal urinário), muito menor nas mulheres (5cm) em comparação aos homens (cerca de 20 cm). O caminho para as bactérias atingirem a bexiga é muito mais curto, aumentando a chance de infecções.
  • Mulheres grávidas e idosas têm mais chances de ter infecção urinária
Esses dois grupos têm seus sistemas imunológicos mais comprometidos. No caso das idosas, é comum que elas tenham alterações de bexiga, com ou sem incontinência urinária, aumentando a chance de infecção. Já na gravidez, o aparelho urinário fica mais dilatado e  suscetível a infecções
  • Diabetes aumenta a chance de infecção
O diabetes, quando não controlado, deixa o sistema imunológico frágil, favorecendo o aparecimento de qualquer tipo de infecção, inclusive urinária.
  • Uma boa alimentação evita infecções urinárias
A obesidade aumenta o número de infecções, estando a dieta intimamente ligada a isso. Além do controle da alimentação, indica-se ingestão de líquidos e de alimentos cítricos.
  • Relações sexuais e infecções urinárias
Há nítida associação entre  frequência das relações sexuais e aumento na incidência de infecção urinária. Durante a relação sexual, bactérias já existentes no homem e mulher são empurradas pelo parceiro em direção a uretra da mulher.
  • Não existe outro tipo de tratamento além dos antibióticos
As infecções urinárias são causadas por bactérias e só são curadas com antibióticos.