A vasectomia é a cirurgia para esterilização mais eficiente e feita no mundo. No entanto, muitos homens ainda têm medo de se submeter ao procedimento, principalmente devido a diversos mitos disseminados por leigos no assunto.
Para combater a desinformação, esclarecemos alguns mitos e verdades sobre a vasectomia. Confira:
MITOS
1 – A cirurgia causa impotência sexual
No procedimento, apenas os ductos deferentes são cortados, impedindo a passagem dos espermatozoides. Isso não interfere nos nervos responsáveis pela ereção, não tendo como afetá-la.
2 – Perda de sensibilidade no pênis ou testículos
Na cirurgia, os nervos da pele não sofrem qualquer tipo de intervenção. As complicações possíveis são sangramentos / hematomas, dor crônica e infecção, correspondendo a menos de 5% do total de pacientes operados.
3 – Todos os pacientes têm dor crônica após serem operados
A dor crônica pode permanecer por até três meses, mas acomete menos de 3% dos pacientes.
4 – A vasectomia zera a ejaculação
Estima-se uma diminuição aproximada de 60% no volume ejaculado. O sêmen adquire aspecto menos espesso e transparente. Portanto, a ejaculação ocorre, com volume e aspectos diferentes.
5 – O orgasmo pode ser perdido
O paciente que faz a vasectomia mantém todas as sensações de prazer, incluindo o orgasmo. Somente o volume da ejaculação é alterado.
VERDADES
1 – É um procedimento rápido
Os dois lados do escroto são operados e o tempo estimado para a realização da cirurgia é inferior a uma hora.
2 – O paciente tem uma breve recuperação
Já no dia seguinte, é possível retornar ao trabalho e às demais atividades cotidianas.
3 – A cirurgia tem alternativas quanto ao local de realização
O procedimento pode ser feito no hospital ou no próprio consultório médico, caso seja equipada para isso.
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Testículos inchados: o que pode ser?
Entre as causas mais comuns para aumento do volume do escroto estão: hérnia, varicocele, epididimite e tumor de testículo. Abaixo vamos abordar cada um dos temas resumidamente:
1) A hérnia inguinal atinge até 8% dos brasileiros. Ela ocorre quando há falha da parede abdominal, com possibilidade de entrada de algum órgão abdominal. Normalmente há um “inchaço” na região inguinal com ou sem dor local. O grande risco é o encarceiramento de intestino, ou seja, ele entrar na região e ficar aprisionado, levando à urgência em sua resolução. O tratamento das hérnias é sempre cirúrgico.
2) A varicocele é formada por veias dilatadas na região do escroto, ou seja, varizes no testículo. A varicocele pode ser vista por seu aspecto de “saco de minhoca”, sendo que na maioria das vezes não há sintomas. A varicocele é a principal causa de INFERTILIDADE masculina, devendo ser tratada nesses casos. Dor é um sintoma incomum, mas pode ocorrer. O tratamento é sempre cirúrgico.
3) A epididimite é uma inflamação do epidídimo, área do testículo que armazena e amadurece os espermatozoides. Geralmente, é causada por infecção bacteriana transmitida sexualmente (clamídia ou gonorreia), ou ainda por sexo anal desprotegido. Seu tratamento é feito com antibióticos.
4) O câncer de testículo é frequentemente esquecido por ser raro. No entanto, é uma condição grave, podendo levar a óbito em menos de 1 ano. A notícia boa é que, quando detectada, tem altíssimos índices de cura (mesmo quando diagnosticada já com metástases). O auto exame facilita a detecção de tumores ainda em estágio inicial.
O aumento escrotal pode afetar homens de todas as idades, sendo normalmente unilateral.. Todo paciente com esse sintomas ou dor na região dos testículos deve procurar um urologista o quanto antes.
Homens têm corrimento? Com certeza!
O corrimento em homens pode ser fisiológico quando causado por fatores como: excitação sexual, ato de urinar ou mesmo por um esforço muito forte na hora de defecar. São casos em que o corrimento não apresenta mau cheiro ou irritação, sendo fino, transparente ou branco leitoso. Entretanto, o corrimento amarelado, cinza ou esverdeado, que exala mau cheiro é um alerta ao paciente. Os sintomas mais comuns são: dor ao urinar, coceira, queimação, vermelhidão e ardor.
O corrimento patológico ocorre por infecções ou inflamação do canal urinário (uretrite), causados pelas bactérias clamídia e/ou gonorreia, sendo fatores também de infertilidade.
A contaminação ocorre por relação sexual anal ou vaginal, sem utilização de preservativos. O paciente infectado pode também ter prostatite (infecção na próstata), infecções urinárias e balanites (glande).
O tratamento é sempre realizado com antibióticos, sendo tratados os dois do casal.
Saiba mais sobre a candidíase
A candidíase masculina é uma doença muito comum, que atinge homens de todas as idades. Causada pelo fungo Candida albicans, esta infecção afeta principalmente a boca e os órgãos sexuais (balanopostite), causando coceira, dor e vermelhidão.
Ela se manifesta na maior parte das vezes em pessoas com baixa imunidade, que tem diabetes ou que por algum motivo mantém umidade no órgão sexual.
Outras causas são o uso em excesso de antibióticos, corticoides ou antidepressivos, realização de quimioterapia ou mesmo a falta de higiene no pênis.
A boa notícia é que a candidíase tem cura. Seu tratamento pode ser feito com o uso de pomadas antifúngicas, seguindo a orientação médica. Em casos recorrentes, também são recomendados antifúngicos orais.
Para prevenir esta condição, é recomendado o uso de preservativo em relações sexuais, uma boa higienização e cuidados com umidade do pênis diariamente e uma dieta adequada, fornecendo bom equilíbrio ao sistema imunológico.
Em caso de maiores dúvidas, consulte sempre um especialista.
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Mitos sobre a vasectomia
De acordo com Lei 9.263/96 e a Portaria n° 144/97 da Secretaria de Assistência à Saúde, recomenda-se a vasectomia nas seguintes condições: em homens com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos OU situações que envolvam risco à vida da mulher ou do futuro filho, testemunhado por relatório de dois médicos. O objetivo principal do procedimento é o planejamento familiar, em acordo com sua companheira.
A cirurgia é muito simples e o pênis não participa do procedimento: o cirurgião irá cortar os canais deferentes, que são os dois canais que transportam o esperma dos testículos para a uretra. As duas extremidades são seccionadas e, então amarradas. Com a interrupção dos ductos deferentes, o sêmen fica sem espermatozóides. É uma operação feita com anestesia local, onde são feitos dois cortes muito pequenos no escroto (e não no pênis), fechados com pontos separados. Veja como é o passo a passo da vasectomia: http://drdanilogalante.com.br/cirurgia-de-vasectomia-passo-passo/
Ainda hoje, a vasectomia é cercada de mitos e gera muitas dúvidas, especialmente em relação à masculinidade. Neste texto, vamos esclarecer alguns pontos sobre o assunto:
- Vasectomia não é castração – Muitos homens ainda enxergam a vasectomia como uma castração. Na verdade, não existe nenhuma relação entre a vasectomia e a potência, libido e/ou performance sexual do indivíduo.
- A cirurgia não causa impotência sexual. T
- Não existe relação entre dor no pênis e vasectomia, já que este não participa do procedimento, ou seja, a cirurgia não envolve esse órgão.
- Não há risco de qualquer tipo de mutilação do pênis, portanto não há qualquer alteração no tamanho ou na sensibilidade do órgão sexual masculino.
- São raros os casos de DOR CRÔNICA testicular, aquela que dura por mais de 3 meses.
- O homem continua a ejacular, mas o líquido seminal não conterá mais espermatozoides. Grande parte do liquido seminal ejaculado vem das vesículas seminais e não dos ductos deferentes. A mudança observada no esperma é na cor e viscosidade.
- Na relação sexual – Não haverá nenhum tipo de dor peniana, prevalecendo a sensação habitual de prazer.
- Após a vasectomia posso ter relações sem risco de engravidar a parceira? NÃO! Após a cirurgia, o paciente deve permanecer sem relações sexuaispor 10 dias e, a partir disso, ter ao menos 20 ejaculações antes de colher um novo exame de espermograma para controle.
- Quando consideramos SUCESSO na cirurgia? O paciente é considerado estéril apenas após um espermograma de controle que mostre ausência de espermatozóides.
- A vasectomia é SIM REVERSÍVEL! A reversão tem grandes chances de sucesso, mas depende muito do tempo entre a vasectomia e sua reversão. Saiba mais sobre a reversão da vasectomia aqui: http://drdanilogalante.com.br/reversao-de-vasectomia/