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A testosterona é o principal hormônio masculino e influencia no comportamento, desempenho sexual, caraterísticas físicas como pelos, barbas, aumento da massa muscular, detalhes de fisionomia e estrutura óssea dos homens.

A partir dos 40 anos, os níveis sanguíneos da testosterona caem naturalmente devido ao envelhecimento, causando piora no espermograma, na libido e aparecimento de disfunção erétil, indiretamente percebido pela falta de ereções matinais “involuntárias”, ao acordar.

Além dos sintomas clássicos, a baixa de testosterona pode resultar em cansaço excessivo, pensamento confuso, problemas de memória, mudanças de humor, acúmulo de gordura corporal, baixo crescimento de pelos, dificuldade para ganhar massa muscular, entre outros.

Nesta situação, recomenda-se um médico para discutir a Terapia de Reposição de Testosterona (TRT), que pode ser feita por injeção trimestral ou por gel diário, sempre acompanhado por urologista.

Em contrapartida, a utilização abusiva da testosterona (anabolizantes) vem aumentando cada dia mais entre os homens e mulheres, principalmente dos praticantes de academia. As substâncias mais utilizadas são: oxandrolona, metilestosterona, metandienona, ésteres de testosterona, undecanoato de nandrolona, undecilato de bolderona (uso veterinário), oximetolona, enantato de metenolona, testosterona e estanozolol.

Os chamados androgênios são adquiridos através de mercados ilegais (distribuição, perda, roubo), através de fabricantes, comerciantes ou varejistas. As substâncias são também produzidas ilegalmente como drogas sem registro, falsificadas ou utilizando produtos inertes, sem nenhum efeito.

De acordo com um estudo divulgado no Congresso Brasileiro de Urologia, que analisou 4860 participantes em mais de 60 centros de esporte nas cinco maiores áreas geográficas da Arábia Saudita, 9,8% deles usavam AAS (Anabolic Androgenic Steroids) e 6,8% estavam planejando usar no futuro, sendo que metade dos usuários aconselharam outros participantes da academia a usarem as substâncias.

De acordo com o estudo, menos de um terço dos usuários dos AAS tiveram uma consulta médica antes e 25% dos usuários nem mesmo sabiam qual tipo de AAS eles estavam utilizando. Depois de parar de fazer uso dos AAS, mais da metade relatou estar com depressão e perda muscular.

A utilização de anabolizantes pode causar uma série de complicações, como acne, dependência, agressividade, problemas cardíacos, além de sintomas depressivos, disfunção erétil e diminuição da libido.

Os androgênios derivados da testosterona em altas doses podem atuar diretamente nas funções celulares, com fatores genéticos ou epigenéticos, determinando resultados tóxicos, mutagênicos, genotóxicos e carcinogênicos.